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Primeira rodada com G8 debate conjuntura e cláusulas novas
Próxima negociação com o setor patronal acontece, no dia 14, no Sicetel.FEM se reúne com Estamparia nesta quinta, dia 6
Na ocasião, os empresários fizeram avaliação do cenário econômico, pontuando algumas dificuldades, e a bancada dos trabalhadores fez o contraponto reforçando que é possível, mesmo diante deste cenário adverso da conjuntura, avançar no debate da valorização dos direitos sociais e nas questões econômicas nesta data-base.
"Notamos que há uma valorização do ‘ruim'. Reconhecemos que o momento não é bom, mas o fato de valorizar a discussão mostra que é possível a gente construir alternativas de forma ousada e criativa. Não queremos debater apenas a manutenção do nível de emprego, queremos avançar na nossa pauta de reivindicações", frisa o presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.
O sindicalista disse que a rodada com o G8 que durou três horas foi produtiva. "Os empresários pediram explicações sobre as 16 cláusulas novas que estamos reivindicando e sentimos que há possibilidade de eles avançarem no debate nas próximas rodadas", observa.
Novos direitos
A bancada patronal pediu esclarecimentos sobre as cláusulas novas da FEM que tratam sobre a segurança do trabalho e social, como por exemplos: maior poder aos cipeiros, o direito do empregado manter o convênio médico em caso de demissão, bem como a jornada de 40 horas, a criação de um quadro de carreira especial para o jovem metalúrgico, entre outras.
"Se conseguirmos avançar na cláusula que trata da valorização não só do salário, mas também de um plano de carreira especial para os jovens, a juventude vai se interessar um pouco mais pelo ramo metalúrgico. E as empresas terão profissionais com ideias novas que poderão contribuir para o seu futuro", analisa Luizão.
O assessor jurídico da FEM, Raimundo Oliveira, reforça que as cláusulas novas reivindicadas pela Federação não têm custo direto para as empresas e elas favorecem tanto o trabalhador quanto o empregador.
PPE
Durante a negociação, a bancada do G8 também questionou o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que está em vigor no País, alegando que nem todos os setores industriais foram consultados para a sua elaboração.
Luizão disse que a postura patronal é tímida e enfatizou que os setores industriais se aplicaram mais no debate do projeto de lei que trata da terceirização das atividades-fim da empresa, o PLC30, antigo 4330, do que no PPE.
"Se houvesse a participação deles com ênfase no Programa, assim como houve na terceirização, talvez o resultado seria um pouco melhor. Mas estamos aberto ao diálogo e, como sempre tenho dito, temos que ser criativos e ousados para buscar os avanços conjuntamente", finaliza.
Próxima rodada com G8
A próxima rodada com a bancada do G8 continua no dia 14 de agosto, às 14h, na sede do Sicetel, na FIESP. Até o momento, a Federação iniciou as negociações da Campanha Salarial com as bancadas patronais do Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos), Fundição e Grupo 2 que continuarão na próxima semana. Ainda falta agendar a bancada do Grupo 10.
Principais reivindicações
Os metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo aprovaram como principais bandeiras de lutas: 40 horas semanais; a reposição da inflação e aumento real; a unificação e valorização dos pisos e a valorização das cláusulas sociais. O slogan da Campanha é "Nenhum Direito a Menos e Mais Avanços Sociais".
As cláusulas sociais serão o destaque. Foram apresentadas mais de 30 contribuições que vieram das Plenárias Regionais realizadas em Monte Alto, Itu e Taubaté que propõem melhorias nas cláusulas pré-existentes (que estão em vigor nas Convenções Coletivas de Trabalho) e a inclusão de novos direitos. "Queremos uniformizar as nossas cláusulas pelo o que temos de melhor em cada grupo", explica Luizão, presidente da Federação.
Perfil dos setores metalúrgicos base FEM-CUT/SP
A Federação negocia com seis bancadas patronais: Grupo 2 (máquinas e eletrônicos); Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos); Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros); Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros); Estamparia e Fundição.
A data-base do ramo metalúrgico cutista é 1º de setembro e estão em Campanha cerca de 200 mil trabalhadores na base da FEM no Estado.
Agenda de negociação da FEM-CUT/SP
FEM e Estamparia
Data: 6 de agosto (quinta-feira)
Horário:15h
Local: Siniem - Av. Paulista, 1313 -8º andar, cj.804
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