Imprensa
Nenhum direito se conquista sozinho
Há outros exemplos históricos que demonstram o quanto o poder popular pode contribuir para avançar nas lutas. Em Sorocaba, na década de 40, haviam fábricas de tecelagem com 12h diárias, com gestantes, crianças trabalhando em péssimas condições. Com o apoio da sociedade organizada e com greves, os direitos começaram a ser conquistados.
A greve é um importante instrumento do trabalhador para a conquista de direitos. Quando não se tem abertura para uma negociação, quando simplesmente o setor patronal se nega a conceder um ambiente de trabalho, uma jornada e um salário dignos, a classe trabalhadora deve fazer o contraponto.
Há sempre demandas e interesses de grupos que ditam as alternativas e os desafios. É preciso fortalecer a união dos assalariados e se conscientizar do horizonte de entraves para que se possa elaborar um plano de ação e caminhar para o enfrentamento.
Diante as medidas de Temer (PMDB) - como as revisões de benefícios do INSS com a finalidade de cortes, prejudicando trabalhadores lesionados e acidentados - e as ameaças de uma reforma trabalhista e uma reforma previdenciária, que visam aumentar os lucros dos empresários e explorar ainda mais a mão de obra do trabalhador, o que resta ao povo fazer?
As entidades de classe, como os sindicatos, são representantes dessas lutas emblemáticas e históricas que surgem em diferentes épocas. Nós, dos Metalúrgicos de Sorocaba, não compactuamos com o avanço do conservadorismo e com a marcha-ré dos direitos.
Mais de 60 anos de trajetória e de lutas com mobilizações da categoria para tornar possível um projeto coletivo de vida digna, dentro e fora das fábricas. O mundo do trabalho precisa ser digno, tanto quanto nossas vidas social e familiar.
Por isso, participamos de inúmeras manifestações pela democracia. Por isso, somos contra o golpe que colocou Temer (PMDB) e sua equipe aliada à Fiesp e outros grupos elitistas no poder.
E pela nossa categoria continuaremos nos mobilizando para impedir que seu salário congele, que sua jornada seja extenuante, que sua aposentadoria se perca e que você não tenha direito ao uso de um sistema básico de saúde. Nossa luta é coletiva e precisamos seguir unidos!
A greve é um direito e um ato de consciência de classe! Dia 29, deixaremos claro que a população deve ser respeitada e que não somos marionetes.
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