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Empresa Prysmian é denunciada por Youssef em caso de corrupção
De acordo com a denúncia feita pelo doleiro Alberto Youssef à Operação Lava Jato, o representante da Prysmian, Júlio Camargo, fez um pedido de dinheiro para pagar fiscais que exigiam propina para diminuir o valor das multas aplicadas à empresa. Segundo o delator, o esquema estaria ocorrendo desde 2006.
Sete mandados de prisão foram expedidos a fiscais da Secretaria da Fazenda, quatro já foram presos, dois em São José dos Campos, um no Mato Grosso do Sul e um em Sorocaba.
Em Sorocaba, a empresa possui quatro plantas, duas no bairro Éden e duas no Alto da Boa Vista, totalizando 712 trabalhadores.
O diretor do SMetal na Prysmian, José Tarasca, afirma que na fábrica o sentimento dos trabalhadores é de indignação e injustiça. "Nós tivemos uma briga dura de 14 dias de greve, em 2014, para conquistar um direito nosso de aumento no vale-cesta de R$ 106 para R$ 140 e aumento real dos salários de 1,55% enquanto se vão R$ 2 milhões para pagar irregularidades", lamenta. Ele ainda completa dizendo que "o Sindicato luta pelos direitos do trabalhador, de forma justa e honesta e existe uma dificuldade enorme para conquistá-los".
Os trabalhadores esperam que a empresa esteja regulamentada para que não precise gastar dinheiro que poderia ser revertido aos trabalhadores com propinas para burlar a lei.
Operação Zinabre
A operação Zinabre, deflagrada na manhã da sexta-feira, dia 24, está investigando fiscais e empresas do ramo de fios e cabos de cobre, que tenham participação em esquema que pode ter movimentado mais de R$ 35 milhões, sendo R$ 15 milhões através de Youssef em pagamentos a fiscais da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
Ela recebe este nome, pois é o resultado da oxidação do cobre, material fabricado pelas empresas que estão sob investigação.
No ano passado, a Prysmian anunciou investimento em fibra ótica, com a ampliação do setor responsável pela fabricação do produto.
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