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A falta de respeito da chefia sempre incomodou o operador de máquinas Douglas Nunes da Silva, funcionário da Edscha. Desde que foi contratado pela fábrica, em 2013, ele presenciou muitas cenas que podem ser consideradas assédio moral.

Indignado com a falta de um ambiente de trabalho saudável, Douglas, que é conhecido na fábrica como Zóio, se aproximou do Sindicato e, agora, acaba de ser eleito para o seu primeiro mandato como diretor do SMetal e membro do CSE (Comitê Sindical de Empresa) da Edscha.

Questionado sobre o que espera do mandato, Zóio é enfático: “Quero lutar contra o assédio dentro da empresa”. A expectativa, segundo ele, é “fazer um bom trabalho como dirigente junto aos trabalhadores” e garantir mais conquistas, como as necessárias melhorias no plano de saúde e a valorização do PPR.

Zóio também destaca a necessidade de o SMetal trabalhar na política tradicional, seja pressionando os políticos para defender os interesses da classe trabalhadora, seja ocupando espaços com cargos eletivos. “Quero contribuir com essa parte política. Tenho muita vontade de ajudar a classe trabalhadora”, afirma o dirigente.

Aos 30 anos de idade, pai de duas meninas, Zóio toma posse em maio para injetar sangue novo na direção do SMetal.