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Juventude da CUT divulga manifesto da jornada de lutas

Em encontro inédito e plural realizado no último sábado, dia 23, movimentos constroem as bases para a Jornada Nacional de Lutas da Juventude que ocorre entre os dias 25 de março e 1º de abril

CUT Nacional
William Pedreira
No Sindicato dos Químicos de São Paulo, movimentos sociais ligados à Jventude aprovaram e lançaram o Manifesto  que balizará as ações da Jornada

No Sindicato dos Químicos de São Paulo, movimentos sociais ligados à Jventude aprovaram e lançaram o Manifesto que balizará as ações da Jornada

Um encontro inédito de dimensões históricas para a sociedade brasileira. Assim, mais de vinte movimentos que organizam a juventude no Brasil reunidos no Sindicato dos Químicos de São Paulo aprovaram e lançaram o Manifesto (clique aqui para ver) que balizará as ações da Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira.

A Jornada, tradicionalmente realizada no mês de março, traz como diferencial neste ano o fato de estar sendo construída coletivamente por diversos movimentos juvenis. “A pluralidade e a unidade na luta é o diferencial desta Jornada, reunindo em um só espaço a juventude trabalhadora do campo e da cidade, as juventudes do movimento social, as entidades estudantis, juventudes políticas, feministas, religiosas, da cultura e comunicação, combate ao racismo, das diversas ruas. Todos esses movimentos mobilizados por um só ideal: mudar o Brasil e conquistar mais direitos para a juventude brasileira”, exaltou Alfredo Santos, secretário de Juventude da CUT, que esteve presente na mesa que abordou a conjuntura nacional e os impactos sobre a juventude durante a Plenária realizada neste sábado (23).

A Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira está marcada para ocorrer entre os dias 25 de março e 1º de abril. Serão diversas ações descentralizadas, espalhadas por todo o Brasil, em torno de uma pauta comum visando a construção de mudanças estruturais que garantam um projeto de desenvolvimento social e solidário.

Entre os grandes consensos, destaque para os que impactam diretamente na vida da juventude trabalhadora, como a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários; garantia de condições dignas e trabalho decente para os jovens; mas principalmente a luta por políticas públicas que visem a conciliação entre trabalho e estudos. Problema este evidenciado pelos números. Praticamente 55% dos jovens começam a trabalhar antes dos 14 anos, sendo que destes 60% não conseguem terminar os estudos.

Alfredo destacou em sua fala a importância da Jornada como uma mobilização de massa, levando milhares às ruas de todo o Brasil. Para o dirigente cutista, os movimentos social e sindical não conseguiram na correlação de forças da sociedade se apropriar dos avanços consolidados pelo governo, lembrando também o fato de que a luta de classe não acabou com a eleição de um governo democrático-popular.

“Existem diversas pautas que nos unem como o risco da judicialização da política e a politização do judiciário, ambos setores que não se submetem a opinião pública. Temos consciência da ditadura da mídia que existe hoje, a discriminação contra negros e mulheres. Mas com a amplitude e unidade das representações que estão à frente desta Jornada conseguiremos avançar”, pontuou Alfredo.

Uma das bandeiras desta Jornada é a luta pela democratização dos meios de comunicação, com a juventude brasileira participando ativamente do processo de construção de um novo marco regulatório para o setor, tão fundamental para combater o monopólio midiático. Somente assim, haverá uma ampliação do acesso de diferentes vozes aos meios de comunicação de massa, garantindo a pluralidade e a diversidade de ideias.

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