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Data-base: Presidente do SMetal participa de encontro da FEM/CUT
Reunião realizada nesta quinta, 17, deu o pontapé inicial na Campanha Salarial 2022; atividade aconteceu em São Bernardo do Campo e contou com representantes dos 13 sindicatos filiados a entidade
De acordo com Erick Silva, presidente da FEM/CUT, o encontro entre os sindicalistas foi um momento fundamental para preparar a luta pelos direitos dos metalúrgicos. "Iniciamos a organização da Campanha Salarial 2022 com a definição do nosso calendário, da plenária e da preparação da pauta que será entregue para as bancadas patronais. Temos uma longa caminhada pela frente até setembro e estamos prontos para mais esse desafio”.
Para Leandro Soares, presidente do SMetal, a unidade sindical é de extrema importância para a categoria. “ Na Campanha Salarial, lutamos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que garante direitos fundamentais como salário, segurança no trabalho, jornada, estabilidade e, até mesmo, aposentadoria. E também buscamos a valorização salarial para repor o poder de compra dos companheiros e das companheiras frente às perdas com a inflação”.
Segundo a subseção do Dieese do SMetal, o salário dos metalúrgicos já foi desvalorizado em 5,73% desde a última data-base (setembro de 2021). No mesmo período do ano passado, esse acumulado estava em 5,37%.
O cálculo leva em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período – de setembro do ano passado a fevereiro de 2022. O resultado é o maior desde 2016 e o segundo maior desde 2003.
Leandro lembra que o custo de vida da classe trabalhadora aumentou muito nos últimos anos. “Desde o golpe de 2016, enfrentamos um cenário de retirada de direitos e de desvalorização dos salários. Com Bolsonaro, o salário mínimo deixou de ter aumento real enquanto a inflação penaliza o povo brasileiro, que sofre para sustentar a família. É uma política desastrosa que precisa ser derrotada”.
Frente aos desafios, Leandro destaca que o SMetal está pronto para defender a categoria. "No ano passado, que fechamos a data-base com 10,42% de inflação, enfrentamos os empresários que queriam pagar um reajuste menor que esse índice e, em alguns casos, dividido em até três vezes. Com muita garra, conseguimos garantir a reposição integral do índice inflacionário ou mesmo aumento real para 96% da categoria. Portanto, que os patrões saibam que o Sindicato e os trabalhadores estão prontos para lutar e que não duvidem da nossa capacidade de mobilização”.
Erick aponta, ainda, a importância dos sindicatos e da categoria para atingir os objetivos. “Com muita unidade e mobilização dos nossos 13 sindicatos filiados e dos trabalhadores nas fábricas, vamos para as mesas de negociação buscar a garantia dos direitos da companheirada, desde as cláusulas econômicas até a reposição da inflação, que já vem alta, e também buscando aumento real nos salários”.
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